domingo, 29 de abril de 2012

Arquitetura de Barcelona

Barcelona é uma cidade muito bacana. É cheia de contrastes do antigo com o moderno, do velho com o novo, do ousado com o tradicional. É uma cidade para se andar olhando pra cima, vendo cada detalhe de suas construções. Sendo surpreendido a todo momento por casas coloridas e de arquitetura inusitada em meio às outras mais tradicionais. Grande parte desse contraste se deve ao arquiteto catalão Antonio Gaudí (1852-1926), cuja obra mais conhecida mundialmente é a Sagrada Família. É ele o maior responsável pelo colorido de Barcelona. 

Um pouquinho dessa Barcelona nas Ramblas...







sexta-feira, 27 de abril de 2012

Barcelona: onde ficar e como chegar e sair do aeroporto

Ficamos em um hotel com excelente custo/benefício em Barcelona. Por 40 euros a noite para o casal ficamos em um quarto espaçoso (na verdade era para 3 pessoas e não era cama de casal), com TV e Internet. Banheiro compartilhado, mas muito limpinho, principalmente antes das pessoas porcas usarem e baterem o cigarro na pia e deixarem a toalha no chão (ou seja, problema da porquice do ser humano e não do hotel). O quarto também era muito limpinho. Região muito boa e tranquila, apesar de afastada dos pontos turísticos. Metrô praticamente na porta. Muito recomendado, se você procura economia e pouco conforto. Hostal R. Sans.





Para chegar à Barcelona saindo da França, avião é a principal opção, apesar de ser possível ir de trem ou de ônibus. De Toulouse à Barcelona são cerca de 4 ou 6 horas de trem ou ônibus. Passagem de trem por 65 euros com 2 meses de antecedência. De Paris não compensa muito, cerca de 8 horas e bem mais caro. Outra opção é fazer um pit-stop em Montpellier, que não fica muito longe de Barcelona. De avião de Toulouse para Barcelona são menos de 50 minutos de voo e pagamos 90 euros ida e volta sem bagagens (apenas de mão) pela Vueling, mas comprando com apenas 2 semanas e antecedência e para o fim de semana.

Para sair do aeroporto de Barcelona, há várias maneiras (confira aqui), sendo que a mais econômica delas (se você não tiver muitas bagagens, claro) é de trem. Ele parte a cada 30 minutos do aeroporto e para em alguns pontos da cidade, sendo o principal deles a estação Sants. Para conferir os horários o site é este. Saindo do aeroporto do terminal 1, você deve procurar a saída para pegar o trem. Chegando lá você pega não o trem, mas a conexão (navette) para a estação de trem (é a mesma conexão para o Terminal 2). Você pode comprar somente o passe para o trem, mas PRESTE ATENÇÃO não compensa! Ele não vale no metrô depois e é bem mais caro (3,60 até Sants). O melhor é comprar o passe de 10 viagens de metrô para a zona 1 por 9,70 euros (mais ou menos isso) e aí você vai pagar apenas 0,97 euros pela viagem aeroporto-centro. 

Na volta é a mesma coisa. Você pega o trem na estação e desce no aeroporto. É mais rápido que pra sair do aeroporto, pois a navette fica mais próximo do trem e ela te deixa logo na área do check-in.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Horário de verão na França



Já faz 1 mês que a França entrou no horário de verão, mas acabei me esquecendo de comentar sobre isso!

Na Europa há 4 fusos horários: Reino Unido, Irlanda e Portugal estão 3 horas adiantados com relação ao Brasil; Espanha, França, Itália, Alemanha, Bélgica, Holanda e outros colegas estão 4 horas na frente do Brasil; alguns países do leste europeu 5 horas; e a Rússia 6 horas na frente do Brasil.



No último domingo de março, toda a União Europeia entra no horário de verão. Diferentemente do Brasil, às 2 horas da manhã. Assim, a França fica com 5 horas de diferença em relação ao Brasil. O horário de verão deles é enorme, dura até o último final de semana de outubro. Eles entram, então, no horário de inverno, que nada mais é que o horário "certo" (4 horas a mais que o Brasil). Sempre pensei que esse tal horário de inverno mexia nas horas "reais", mas não...

Mas fique atento, pois o Brasil, no terceiro domingo de outubro, entra no horário de verão. Portanto, enquanto a França estiver no horário de inverno e, o Brasil no de verão, a diferença é de apenas 3 horas.


terça-feira, 24 de abril de 2012

Roteiro de 2 dias em Barcelona - dia 2


O roteiro do segundo dia é um pouco mais cansativo, pois as coisas estão mais distantes umas das outras, e o deslocamento come um pouco do tempo, mas fazer o que... cidade grande é assim mesmo! Se eu tivesse mais um dia, poderia dividir um pouco melhor, mas... como só dispunha de dois dias, teve que ser assim mesmo!

O dia começou no Camp Nou, o estádio do Barcelona. Para quem tem um marido fanático por futebol, é difícil, e até injusto, escapar desse programa. O tour pelo estádio é bem legal, principalmente para os apaixonados por futebol.




segunda-feira, 23 de abril de 2012

Roteiro de 2 dias em Barcelona - dia 1


Passamos dois dias em Barcelona. Uma cidade alegre, colorida, nova e velha, às vezes com ar praiano e cheia de coqueiros, às vezes o mar parece tão distante dali... Dois dias em uma cidade grande é pouco, mas sempre é melhor que nada! E, apesar da previsão de chuva totalmente desanimadora, São Pedro foi nosso camarada e o tempo ficou uma beleza!

Nesse primeiro dia começamos pela Plaça de Catalunya, figurinha carimbada como ponto de partida em muitos roteiros. Ela dá acesso a duas importantes ruas de Barcelona, Las Ramblas e Passeig de Gràcia, mas cada uma fica pra um lado.



domingo, 22 de abril de 2012

Um pouquinho da rotina do lab


Um monte de gente me perguntou se eu não ia escrever nada sobre o meu trabalho, sobre o laboratório, afinal, eu vim aqui pra isso... Aqui vai então, um pouquinho da minha rotina no laboratório.

Para quem não me conhece, meu doutorado é na área de Química Bioinorgânica e vim aqui fazer alguns testes que não estão disponíveis no meu laboratório no Brasil (essa é, inclusive, umas das condições para a bolsa). Estou na Université Blaise Pascal, em Clermont-Ferrand. Na chegada, uma surpresa, o laboratório é muito mais de orgânica do que de inorgânica. Além disso, ninguém mais realiza estes testes que viemos fazer, portanto não tem nenhum aluno para nos ajudar, apenas o professor.

Falando em professor, ele nos acolheu muito bem. Buscou a gente no aeroporto, levou no alojamento, foi nosso fiador no aluguel e levou a gente no banco para tomar as primeiras providências para abrir a conta. Mas... no nosso primeiro dia de laboratório ele simplesmente nos deu um espaço na bancada e disse: “Podem começar, qualquer coisa que precisarem é só me chamar.” Na hora, dei até uma risada, pensando que era brincadeira. Mas não. Era sério. Ele saiu e deixou a gente com aquelas caras de patetas. Aí tivemos que ir atrás dele e explicar que a gente nunca tinha feito, se ele podia dar uma orientação...
Eis que começamos a fazer os testes e nada... tudo dando errado. A gente não conseguia explicar o que estava acontecendo e tampouco ele... Trabalha, trabalha, trabalha e nada...! E aí a gente vai ficando sem graça de importunar o cara toda hora. E ele, por sua vez, é claro, vai ficando um pouco menos paciente. Sem contar a dificuldade da comunicação. Não tem jeito, muita informação se perde no caminho por causa da língua.

Meu marido começou a fazer os testes dele e o resultado foi melhor. Mesmo assim a gente tem ficar atrás do professor para desenvolver os próximos passos porque, claro, ele não tem o tempo todo disponível para ficar fazendo as nossas coisas. Quanto aos meus testes, resolvi seguir por outro caminho, ou teria que parar por aqui e apenas ficar acompanhando o que meu marido fizer para aprender.

Falando um pouquinho do laboratório em si. Estamos em um grupo pequeno, de 3 professores, 2 alunos de doutorado e 1 de pós-doc. Apesar do grupo ser pequeno, existe muita interação entre os vários grupos e todo mundo se conhece e usa muitos equipamentos e reagentes em comum. Uma coisa que me surpreendeu é que o lab é um pouco desorganizado, mas em termos de estrutura é melhor que o nosso no Brasil.

No primeiro dia recebemos um caderno todo chique de capa dura para fazer o caderno de laboratório (onde anotamos todas as experiências que fazemos e seus resultados). Em francês, claro. Ele deve ser devolvido, devidamente preenchido, dia a dia, quando a gente for embora.

Aqui eles chegam no lab mais ou menos às 8:30 e ficam, pelo menos até as 18 horas. Todo mundo almoça na universidade mesmo, e isso leva uns 45 minutos. A hora sagrada de ir almoçar é 11:30, o que quer dizer que 12:15 estamos de volta ao batente. São muitas horas de trabalho seguidas, mas eles (não nós, porque não temos intimidade pra isso) param algumas vezes para fumar e tomar café.

Não se emenda nos feriados, no entanto eles têm (profs e alunos) 40 dias úteis de férias por ano, dos quais são descontados os “emendos” de quem quiser emendar. Há férias obrigatórias durante 2 ou 3 semanas entre na época de Natal e Ano Novo e também mais umas 3 semanas em agosto. O lab fecha e ninguém pode trabalhar.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Porque nem tudo são flores...


Olhando as fotos das nossas viagens, dos queijos que a gente come, das cervejas e dos vinhos que a gente bebe, pode parecer que a vida aqui é um mar de rosas, mas a verdade é que ela (como diz a querida Dona Lucília, vó de uma amiga) é como tempo: um dia está boa, no outro está ruim...

Essa é realmente uma experiência incrível, que nos permite conhecer mil coisas sobre as pessoas, os lugares, os costumes e muito também sobre nós mesmos. Outro dia mesmo, eu voltava de uma viagem de trem e me deparei com uma menininha linda, quase um bebê, com umas chuquinhas que faziam ela se parecer com aquela menina do Monstros S.A. Ela tinha olhos grandes e atentos. Olhava tudo que via ao seu redor. Capturava o máximo de informações possível. E, por alguns instantes, me achei tão parecida com ela... Olhando também para todos os lados, descobrindo cada imagem, cada pessoa, cada hábito, cada som, cada cheiro, cada gosto... E tentando registrar no meu cérebro (não mais tão vazio quanto o dela) o máximo possível. Ao mesmo tempo, ingênua como ela... ouvindo um mundo de informações sem conseguir decifrá-las, no meu restrito mundo de poucas palavras.

Uma experiência incrível sim, mas nem por isso fácil. A chegada é um baque. Por mais que você ache que estudou bastante a língua, a realidade é bem diferente. E bem mais cruel. No primeiro dia dá vontade de pegar o avião de volta. No segundo também. Qualquer coisa é difícil. Acordar e pensar que vai começar tudo de novo em francês é difícil. E aí os dias vão passando, e isso vai diminuindo um pouco. Os blocos de palavras escutados no início vão se transformando em bloquinhos menores... e dá até pra saber mais ou menos de qual assunto estão falando, mesmo que seja impossível acompanhar uma conversa deles. Mesmo que não tenha como pedir pra voltar a fita e ouvir tudo de novo. Além disso, no início não se sabe muito bem pra onde ir, como agir, o que fazer... comer é difícil, falar é difícil, até comprar produto de limpeza é difícil!

Mas é principalmente na língua que o bicho pega... é difícil não se sentir excluído quando todos falam e você apenas olha... e olha que tenho meu marido, ou seja, tenho com quem conversar o tempo todo... Mas mesmo assim tem dias que é dureza. O pessoal do lab é bem legal e queria muito interagir mais com eles, mas tem horas que simplesmente você se cansa de tanto esforço... cansa de ficar fazendo papel de bobo e falando tudo errado... cansa de fingir que está entendendo quando, na verdade, não está. E aí quando você trabalha 9 horas todos os dias e nada dá certo... aí é que cansa mesmo!

Mas tem dias que são ótimos. Basta conseguir conversar um pouquinho com eles, basta descobrir algo que eles pensam, basta interagir um pouco mais, que tudo fica bem melhor. E a gente até esquece que tantas vezes se sente como um peixe fora d’água.

Mas no dia seguinte, bate a saudade... das pessoas, da sensação de “estar em casa” e il fait mauvais (como eles dizem que o tempo tá ruim)...

Por isso eu repito, incrível sim, simples e fácil, de jeito nenhum.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Paris - dicas e impressões

A primeira impressão que tive sobre Paris foi antes mesmo de viajar. Descobri que os hotéis são caros. E os hostels também são caros. Nossa viagem para Paris foi planejada de um dia pro outro, mas porque fomos dar uma olhadinha e tinha um hotel num preço bom, coisa que não estávamos achando. Pagamos 60 euros em um quarto com banheiro (sem café da manhã) na região de Montparnasse. Não é uma região muito turística, mas é agradável. Tinha padarias, mercados, cafés e muitas lojas (principalmente a preços baixos) por perto. O hotel que ficamos chama-se Hotel Les Jardins d’Alésia e foi reservado pelo booking. Rapidamente descobri que numa cidade grande é realmente importante estar perto de uma estação de metrô, e esse fica a 200 metros da estação Alésia.




Paris é realmente uma cidade grande, mesmo que nem pareça tão grande assim no mapa. E como toda cidade grande, tem muito movimento, muitas lojas, muitos carros e muitas pessoas. Some à população da cidade os milhares de turistas que passam por lá. Sim, é bastante gente. Como toda cidade grande, Paris tem qualidades e defeitos. Tem coisas lindas, tem construções que habitam nosso imaginário desde a infância, tem uma obra grandiosa a cada esquina. Mas também tem problemas de cidade grande. Tem gente pedindo, tem metrôs antigos e não muito bem conservados (apenas de funcionarem muito bem e ligarem praticamente todos os pontos da cidade), tem fedor de xixi e tem pichação.

Paris pra mim foi um misto de sensações. A sensação de estar realmente na França, vendo todos aqueles lugares mágicos e, ao mesmo tempo a sensação de não estar na França, pois são tantos turistas e tantas línguas que dá pra esquecer que a língua falada é o francês. Na maioria dos pontos turísticos e restaurantes, fala-se inglês e há informações e cardápios nos 2 idiomas. Muitas vezes eles nem tentam falar em francês com o turista, mandam logo é o inglês mesmo. Mas, como eu disse pro meu primo, o importante mesmo é entender o valor das coisas e pagar por elas. Pronto, todo mundo se entende assim!

De todo modo, achei Paris bem diferente dos outros lugares da França que conheci. Como toda cidade grande, as pessoas tem mais pressa (NADA comparado a São Paulo!) e, de modo geral, a cortesia é menos freqüente. Os bom dia, tenha um bom dia, obrigada, de nada, tchau, bom passeio tão escutados nas outras cidades, passaram despercebidos em Paris. Sinceramente não sei porque falam que os franceses são mal educados, pois pra mim em Paris ninguém era francês! Rsrsrsrs Apenas um senhor muito simpático que viu que a gente procurava algum lugar e se ofereceu para ajudar. Em francês, claro. Rsrsrs

Bom, quantos aos preços, não é totalmente verdade que uma viagem para Paris vá necessariamente ser cara. Existem viagens para todos os preços e todos os gostos. Vimos restaurantes com menu completo por pessoa (entrada, prato, sobremesa) desde 12 até 400 euros!!!! E ficamos mesmo foi no sanduíche, a 12 euros para duas pessoas! Rsrrsrs As entradas nas atrações são em torno de 8,50 euros. Quer subir na torre de uma igreja ou no arco do triunfo: 8,50 euros. Quer visitar um museu: 8,50 euros. Aí fica a opção de fazer esses programas ou não. A entrada nas igrejas, sem subir na torre, é gratuita. Passear pelas ruas e ver os lugares também. O que achei barato, comparado às outras coisas, foi a entrada no Louvre, que é 10 euros. Para subir na torre os preços variam de 4,80 euros a 13,60 euros dependendo se vc vai de escada ou elevador.
Paris acabou sendo nossa viagem mais econômica até agora, porque tinha coisa tanta pra ver, tanto pra andar, que a única coisa paga que fizemos foi subir na torre e comer sanduíches, andando, para não perder tempo! Claro que o Louvre ainda vai entrar na lista, mas vai ficar pra próxima, principalmente porque era o primeiro domingo do mês, dia de entrada gratuita e filas enormes. Ah! Falando em filas enormes, essa é outra grande diferença com relação às cidades menos turísticas, onde nem tem fila pra nada!!!!

E minha última impressão de Paris: deveriam melhorar as placas. E também o mapa que dão aos turistas. Várias vezes ficamos meio perdidos, tentando entender o mapa, principalmente no início. E as placas para os locais são meio escassas... Mas dá pra fazer tudo sozinho tranqüilo, sem necessidade de comprar um pacote que te leva nos lugares. Pra se locomover de maneira econômica o metrô é a melhor opção. É como o metrô aí do Brasil. Uma hora ou outra você vai ficar na dúvida de qual lado ir quando chegar na estação, mas com certeza vai descobrir. Ah! E pra andar no metrô não precisa saber francês, se souber ler e ver as cores já tá bom demais!!!! Um bilhete custa 1,70 euros e um carnet com 10 sai por 12,70 euros. Para maiores informações sobre os transportes em Paris (preços, mapas, outras opções) clique aqui.



segunda-feira, 16 de abril de 2012

Viajando pela França - covoiturage

E foi viajando numa BMW preta, chique e confortável que cheguei à Paris. Explico. Para se chegar à Paris partindo de Clermont existem alguns horários de trem por dia, com duração da viagem de 3h25. Se você comprar com bastante atencedência, pode encontrar bilhetes a 17 euros, mas isso uns 3 meses antes e também nos horários e dias de menor procura. Um pouco mais próximo à data desejada, o bilhete com a carta de redução sai por 22,40 euros. Umas 3 semanas antes ele já sobe para 38-42 euros (com carta).
Depois de muito procurar um final de semana com passagens a 22,40 euros, chegamos à conclusão de que ele só aconteceria dentro de uns 2 meses ou mais (claro que as passagens nos finais de semana é mais cara). Eis que resolvemos seguir o conselho dos nossos colegas de laboratório e viajar como eles, uma carona paga, ou como eles chamam aqui, covoiturage.

A covoiturage funciona da seguinte maneira: você entra no site (covoiturage.fr) se cadastra e procura a viagem que você quer fazer, como se fosse uma busca de trem, avião ou ônibus. Coloca a cidade de partida, a de destino e a data. E voilà! Se tiver alguém oferecendo esse trajeto você vê quanto custa, quantos lugares disponíveis restam no carro, que horas e de onde vai sair, qual o local e previsão da hora de chegada. Você ainda pode acessar os dados da pessoa (nome, idade e foto – se tiver), qual o carro e conferir as opiniões que quem já viajou com ela deixou no site. Também informa se e pessoa transporta animais, se ouve música durante a viagem, se conversa e se está disposta a desviar a rota. Aí você deixa um recado pra pessoa, ou telefona pra ela e vê se ela tem disponibilidade e tal. E pronto. E é sério, funciona super bem e todo mundo que a gente conhece aqui viaja assim.

Como a gente encontrou uma covoiturage para Paris a 27 euros para cada um, e o trem ficaria em 42 euros para cada, resolvemos encarar. Claro que ficamos com receio do cara dirigir como um louco, mas como as opiniões no site estavam a favor dele, nós fomos. O cara tinha 32 anos e tinha mais um de carona que tinha 46. Os dois que estavam na frente conversaram até. A gente ficou lá atas tentando capturar algumas palavras e eu até dei uma cochilada (tem horas que o cérebro cansa de tanto esforço! Rsrsrs). Lá pelas tantas eles resolveram incluir a gente na conversa e ficamos conversando um pouco com eles, dentro das nossas possibilidades de comunicação. Falando um pouco do Brasil, da França, de impressões... Disseram que somos muito simpáticos e depois colocou um comentário sobre a gente no site, que estávamos sempre sorrindo! Kkkkk Sempre é a melhor alternativa. Sorria sempre, principalmente se não entender direito o que estão falando.

E a viagem foi rápida, tranquila e agradável. As estradas são boas, quase sem curvas (nesse caminho, pelo menos) e amplas. Velocidade máxima de 130 km/h. Ah, claro... e o carro...! Que maravilha, super confortável e estável. E foi nesse da foto, pagando menos que no trem, que cheguei à Paris!!!


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Roteiro de 2 dias em Paris

Como Paris é uma cidade grande e linda, tenho muitas fotos e vou fazer um post para cada região depois. Nesse post vai só o caminho que fizemos nos dois dias em que estivemos por lá. Chegamos em Paris no sábado ao meio dia e, depois de deixarmos nossas coisas no hotel, começamos  nosso passeio, que só foi acabar 12 horas depois. Como eu sempre ouvi falar, o bom de Paris é andar pela cidade. E é verdade. Os pontos turísticos são muito bem servidos por metrô, mas muitos deles são próximos e dá a maior pena de enfiar debaixo da terra e não ver nada. Nesse primeiro dia só pegamos o metrô para começar e terminar o dia. É um roteiro para se ver o grosso de Paris, porque afinal de contas só tínhamos 2 dias. Dá pra ver bastante coisa, mas no nosso ritmo. Não entramos  em lojas ou muses, mas fazemos tudo sem correria.

Nosso roteiro começou na estação de metrô Cité, na ile de La Cité, onde fica a Catedral de Notre Dame. Nessa região fica também a igreja St-Chapelle e a Concièrgerie, que foi uma importante prisão durante muitos anos. A entrada das duas é pelo mesmo lugar e custamos a descobrir. Custa 8,50 euros separadamente e 12,50 euros a entrada combinada. Essas deixamos passar. Na região fica também o Palais de Justice.


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Transporte público de Clermont

O sistema de transporte público de Clermont –Ferrand é organizado e eficiente. Não sei se os franceses compartilham da minha opinião, pois a gente sempre acha que dá pra melhorar! Na verdade o transporte não atende somente a cidade, mas também as várias cidadezinhas ao seu redor que compõe o que chamaríamos de “grande Clermont”, como é o caso de Aubière.

O transporte é composto por uma linha de tramway (trem elétrico) e algumas longas linhas de ônibus. Todos os trajetos, horários e duração do percurso estão bem descritos no site dos transportes (aqui). Não só o tram, mas também os ônibus, em geral, cumprem rigorosamente os horários. Além de indicados no site, os horários e percurso de uma determinada linha estão indicados também nos seus pontos de ônibus ou de tram. Em todas as estações de tram, e também em alguns pontos de ônibus, um painel eletrônico indica quanto tempo falta para o próximo tram (ou ônibus).







Mesmo que você não saiba muito bem onde está, se chega no ponto de ônibus basta ver em qual direção ele vai, onde você pode fazer a conexão com outro ônibus ou tram e a que horas ele vai passar. Nada de ficar perdido. Além disso, o tram e os ônibus tem letreiros indicando o nome da próxima parada. Sim, temos isso no Brasil. Onde? Nas grandes cidades talvez e olhe lá. Clermont e seus arredores contam com 400 mil habitantes.

Um bilhete custa 1,40 euros (acho que vai aumentar dentro de 4 dias), mas um carnet com 10 sai por 11,60 euros. É válido por 1h10 nos transportes. São vendidos em caixas eletrônicos nas estações de tram (pagamento com cartão ou moeda) ou direto no ônibus com o motorista. Nos dois casos é necessário validar o bilhete na primeira viagem do trajeto. Também existem cartões para serem recarregados. Se não me engano, o valor do bilhete no cartão sai ainda menor.







Sim, no horário de pico os transportes ficam cheios. Sim, é fácil entrar no ônibus ou tram com um carrinho de bebê ou mesmo com uma bicicleta (outro dia vi uma família com quatro crianças e quatro bicicletas). Sim, pode levar seu animal se ele estiver no colo. Sim, pra mim isso é um sistema de transporte que funciona bem.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Dando adeus ao cafofo

O mês de março vai indo embora e vou dando adeus a minha primeira moradia na França, o quarto do alojamento. Hoje é quinta-feira, dia 28/03, e vai ser nossa penúltima noite aqui no cafofo. Íamos ficar desde a nossa chegada em uma kitinet, mas parece que a pessoa que estava lá precisou ficar mais tempo e tivemos que ser realojados em dois quartos. Quem cuidou de tudo para nós foi o professor que nos recebeu aqui na França, como geralmente acontece. O processo para o quarto foi bem simples, pagamos o mês na hora da chegada (na verdade ele veio com a gente e deu um cheque, porque não podia ser dinheiro) e mais um cheque caução de 80 euros por quarto que é recuperado no momento da partida se estiver tudo ok. O procedimento para alugar a kitinet é mais complicado e falo depois, quando for falar só sobre ela. Ficamos na residência universitária de Cezeaux, a uns 200 metros da química e uns 100 do ponto de tram.




A residência é dividida em cidades 1 e 2, separadas por 800 metros. Na cidade 1, onde ficamos, ficam os quartos tradicionais. São 9 metros quadrados onde ficam uma cama de solteiro, uma escrivaninha e um armário atrás da cama, que separa o quarto propriamente dito de uma pia. Parece pequeno, e é mesmo! Mas nada demais, dá pra viver (por pouco tempo) numa boa. Na cidade 2 estão os quartos renovados, que contam com banheiro e internet. Na foto está uma zona porque foi a que tiramos no dia da nossa chegada. Depois ficou organizado, enchi esse monte de prateleiras de coisas! E, a título de curiosidade, cada um é responsável pela limpeza da sua “chambre” (quarto).




segunda-feira, 2 de abril de 2012

Bouchons de Lyon

Lyon é famosa por sua gastronomia. A marca gastronômica de Lyon são seus bouchons lyonnaises, ou pra nós, bistrôs. Pode se encontrar muitos bouchons na Vieux Lyon e, principalmente, na movimentada Rue St-Jean.





Subimos e descemos a rua várias vezes olhando os cardápios e preços dos bouchons. Sim, apesar de eu ainda não ter entendido muito bem como funciona sair à noite por aqui, em todo lugar praticamente tem cardápio do lado de fora. Os preços dos bouchons variavam entre 12 e 25 euros por pessoa, mais ou menos. Refeição tipicamente francesa, composta de entrada, prato principal e sobremesa. E pão, claro, pra acompanhar. Escolhemos o Les Pavés de Saint-Jean, com pratos a partir de 12,50 euros.

Roteiro de 2 dias em Lyon - dia 2

Domingo é dia de lojas fechadas e ruas vazias e, portanto, dia de visitar parques e museus. Lyon tem um parque enorme, o Parc de La Tête d’Or. Nesse parque tem lago, tem grama e tem zoológico, mas... nosso domingo foi de chuva! Mesmo assim teimamos em pegar o metrô quando a chuva deu uma trégua (tenha sempre uma sobrinhas, não faça como nós, ficar molhado e gelado não ajuda em nada o passeio) e fomos até o parque. Só deu tempo de dar uma andada, tirar meia dúzia de fotos e cair fora tomando a maior chuva.







Roteiro de 2 dias em Lyon - dia 1


Estou no trem voltando de Lyon e aproveitando pra escrever de uma vez sobre a viagem. Lyon é uma cidade grande, a terceira maior da França. Foi a primeira cidade grande que conhecemos na Europa e deu pra ver uma diferença grande. Muita gente, muito movimento, muitos turistas e muitas línguas. Pessoas mais diferentes umas das outras. Apesar do tamanho, as principais atrações ficam próximas umas das outras e, para quem não tem preguiça, dá pra fazer quase tudo a pé. Passamos um final de semana e pegamos um sábado lindo de sol e um domingo horrível cinza e de chuva, o que atrapalhou nosso esquema e nos deixou com aquela sensação de quero mais.

Lyon foi uma surpresa muito agradável. Cidade ampla e bonita. Nova e velha. E com uma paisagem linda nas margens de seus rios (ela é cortada pelo Rhônes e pelo Saone). Rios estes incrivelmente azuis e limpos. Sou suspeita pra falar, pois adoro uma água compondo a paisagem!

Chegamos na estação Lyon Pérrache e, depois de patetar um pouco, saímos dela na Place Carnot. Essa Europa me deixa meio besta. Todo lugar é bonito. Todo lugar tem uma estátua, umas árvores sem folhas, belas fachadas... Fomos francesar um pouco e comer um sanduíche na Place Bellecour, onde tinha um monte de gente fazendo a mesma coisa. De lá já dá pra ver a basílica de Fourvière lá no alto.