segunda-feira, 2 de julho de 2012

O que fazer em Lisboa - Roteiro de 2 dias

Achei Lisboa uma cidade surpreendente! Belas avenidas na parte mais nova da cidade, simpáticas ruas na parte mais antiga. Um céu azul e um marzão enorme (na verdade, não é bem mar, pois é em Lisboa que o rio Tejo encontra o oceano) emoldurando a paisagem. Sim, é bem verdade mesmo que o país está em crise. Basta conversar 5 minutos com um português para que esse assunto venha à tona. Um pouco mais de gente pedindo. Outros te abordando para vender alguma coisa (nada comparado à Roma, lá o tempo todo tem gente te cercando).  Pode ser algo mais inocente enquanto você almoça no restaurante ou algo mais ilicíto ao andar pelas ruas da Baixa (de repente alguma cruza contigo e fala: maconha, maconha). Não que seja agradável, mas não compromete a beleza da cidade.



Começamos no museu Calouste Gulbenkian, onde estava sendo o congresso que participamos. Não, eu não visitei o museu. Perto de lá fica o Parque Eduardo VII, de onde se tem uma bela vista da cidade. Aliás, Lisboa é cheia de lugares de onde se tem uma bela vista.


Aos pés do parque está a praça Marquês de Pombal. É nela que começa a Avenida da Liberdade. Uma avenida grande e arborizada, com lojas bacanas. 



Ela passa ao lado da Praça dos Restauradores e termina na Praça Dom Pedro IV ou Rossio. É uma bela praça onde está o Teatro Nacional. Essa região de Lisboa é conhecida como Baixa. Ela concentra a parte mais comercial da cidade e é bem movimentada durante o dia.




  
Ao lado dessa praça, fica a Praça da Figueira, onde se pode pegar o bonde número 12, ou elétrico, como eles dizem, para subir até o Castelo de São Jorge. Nós não pegamos esse, mas o número 28, famoso como o elétrico dos turistas, pois percorre vários pontos da cidade. Além de passar numa rua mais escondida, não tem diferença nenhuma do outro. Pegue o número 12 mesmo na Praça da Figueira.



O bonde pára (não sei se ainda se usa esse acento) em frente ao Miradouro de Santa Luzia. Um mirante de onde se tem uma vista incrível da cidade!






O Castelo de São Jorge fica no alto do bairro da Alfama, uma região com ruas estreitas e pequenas casas e que não foi atingida pelo famoso terremoto de 1755 (um terremoto que destruiu quase que completamente a cidade de Lisboa). Já o castelo em si sofreu grandes danos e foi totalmente reconstruído em 1938. Paga-se 7,50 euros para entrar. Em termos de castelo, não tem muita coisa pra ver. Mas a vista (de novo!) que se tem da cidade e o passeio dentro das muralhas sem dúvida valem a pena!









Depois descemos a pé e passamos pela Catedral da Sé, uma igreja do século 12 que guarda ainda a fachada românica, apesar de ter sido muitas vezes reformada ao longo dos séculos. Pagando-se 4 euros, tem-se acesso ao claustro e também ao tesouro. No claustro estão vestígios da civilização romana que existia ali antes. No tesouro, um acervo que inclui as relíquias de São Vicente. Foi lá que vi uma das peças com mais ouro e mais brilhantes que já vi na vida. Mas... no photos, no videos!







Continuamos descendo e chegamos à Praça do Comércio, área que abrigou o palácio real por 400 anos e fica bem às margens do rio Tejo. Era a melhor porta de entrada para Lisboa, com degraus de mármore saindo do rio. Nessa praça, o rei Carlos e seu filho foram assassinados em 1908 e, em 1974, foi nela que ocorreu o primeiro levante que resultou na Revolução dos Cravos.










Um grande arco na praça leva à Rua Augusta, uma rua para pedestres com lojas, pastelarias e restaurantes. No fim dessa rua está a Praça Dom Pedro IV. É numa perpendicular a essa rua que está o Elevador de Santa Justa, que liga a Baixa ao Bairro Alto.




Subimos de elevador, pois faz parte de uma daquelas coisas turísticas, mas, sinceramente, é uma bobagem. Além de ser pago (5 euros o elevador mais o mirante), a fila, mesmo que pequena, é demorada e a subida em si leva não mais que 1 minuto. E para subir a pé não é longe não. Tem inclusive umas escadas ao lado do elevador. Nem fomos ao mirante, pois como usamos o passe de transporte diário no elevador, tinha que pagar mais 1,50 euros para chegar até ele. Ao lado da saída do elevador está o convento do Carmo, um convento em ruínas, mas como já estava tarde, não conseguimos entrar porque estava fechado.





O Bairro Alto é famoso por suas simpáticas ruas estreitas e sua vida noturna agitada. Tem vários restaurantes, mas não estava super movimentado. Acho que lá fica agitado mais tarde mesmo, depois das 10 da noite.




Na volta descemos pela R. Nova da Trindade e, sem querer, chegamos ao Chiado, um bairro de lojas mais caras. É lá que fica o famoso café A Brasileira, frequentado por escritores e intelectuais, como o Fernando Pessoa. O shopping no fim da Rua Garrett tem várias opções econômicas de alimentação. Depois é só descer pela Rua do Carmo que chega-se de novo ao Rossio.





No dia seguinte começamos pelo Parque das Nações, uma região de Lisboa que antes era industrial e que foi reurbanizada para a Exposição de Mundial de 1998. É realmente uma região muito bonita e moderna. Tem um shopping grandão, o Vasco da Gama, tem um teleférico que fiquei só na vontade por falta de tempo e também o Oceanário de Lisboa. É acessível por ônibus e também pela estação Oriente da linha vermelha de metrô.








O oceanário era meu objetivo na região, pois vinha namorando um aquário desde Barcelona (não tive tempo pra ir lá). É um dos maiores do mundo e me deixou encantada! Que coisa mais linda! A vida aquática é incrível demais! Cada cor, cada textura,  formas e tamanhos... Tirei taaaantas fotos que nem sei como vou fazer pra escolher as que vou colocar aqui. O valor da entrada é 13,50 por adulto.









Saindo de lá pegamos o ônibus, ou melhor, o autocarro 28 (não o bonde) que vai até Belém. É um bairro de Lisboa e é de onde os navegadores saíam para explorar os oceanos e descobrir o Novo Mundo, incluindo o Brasil, claro. A primeira coisa que visitamos foi o Mosteiro de Jerônimos, encomendado por Manuel I logo após o retorno de Vasco da Gama das Índias, em 1501. É lá inclusive que está seu túmulo. E também o de Camões (Amor é fogo que arde sem se ver...). O lugar é lindo. Uma riqueza de detalhes, tanto no exterior quanto no interior. Ficamos só na parte gratuita, ou seja, não entramos no claustro, mas li que também é muito lindo.

















Em frente ao mosteiro fica a Praça do Império e, do outro lado da rua, (acessível por um caminho subterrâneo) o Monumento aos Descobrimentos. Ele foi construído em 1960 para comemorar os 500 anos da morte de Henrique, o Navegador. Na caravela, os heróis do descobrimento.




Por último, fomos andando até a Torre de Belém, ponto de partida dos navegadores que saíam para explorar as rotas marítimas. É uma coisa que mexe um pouco, ficar ali pensando que aquelas pessoas dos livros de história, que por sinal eram todas reais, saíram justamente dali para começar a nossa história!


No fim, compramos pastéis de Belém para comer mais tarde. Acho que não foi uma boa ideia, pois não estavam muito bons. Se comer na hora deve ser bem mais gostoso.






Na noite seguinte voltamos à Belém, no jantar do congresso. E foi nesse jantar que ouvimos o fado, uma música típica do país, que é meio uma lamúria. A minha colega portuguesa que estava na mesa comigo (a tal da história do pai, do navio, do Brasil), ficou me falando um monte de coisas e disse que tem pra cantar tem que ter postura, tem que usar preto, tem que ter um anel chamativo... Se é verdade mesmo... não sei! Ela disse que a maior cantora de fado de todos os tempos foi Amália Rodrigues.











Um comentário:

  1. Obrigada pelas dicas e por ilustrar bastante o seu post. Estou coletando informacoes para me organizar para alguns dias em que estarei em Portugal e seu blog ja entrou na lista dos favoritos.
    Renata


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